O barqueiro Caronte

| domingo, 24 de outubro de 2010 | |

Caronte (em grego, o brilho) era uma figura mitológica do mundo inferior que transportava os mortos na sua barca através dos rios Estige e Aqueronte, que delimitavam a região infernal, até o local no submundo que lhes era destinado. Era filho de Nix, deusa da noite, e Érebo, deus da escuridão.




Era costume grego colocar uma moeda, geralmente óbolo ou dânaca, sob a língua do cadáver, ou dependendo de onde pesquisar, sobre os olhos, para pagar Caronte pela viagem. Se a alma não pudesse pagar, ficaria vagando na margem do rio por cem anos, até que pudesse enfim atravessar.

Caronte era muitas vezes retratado com uma máscara de bronze na qual escondia sua verdadeira face macabra, que faria os recém-mortos repensarem em entrar na barca.

Caronte recebeu esta tarefa após ter tentado roubar a Caixa de Pandora. Surpreendido por Zeus, foi punido pela eternidade
. No início, Caronte fazia a travessia junto com seu irmão gêmeo Corante. Cada um utilizava um remo e cada um ficava com uma das moedas e, quando mandavam uma gorjeta a mais, os dois dividiam. Porém Corante começou a notar que as gorjetas estavam cada vez mais raras e, quando haviam, eram valores muito menores que o costumeiro. Então começou a duvidar de seu irmão. Um dia descobriu que Caronte estava lhe roubando. Pegava a gorjeta antes que ele visse e desviava parte do faturamento para si. Por isso os dois brigaram selvagemente por 13 meses. Neste tempo, os mortos perambulavam pela terra, pois não havia quem os conduzisse para o outro mundo. No 365º dia, Caronte matou seu irmão, afogando-o no rio. Nesta hora o corpo de Corante se dissolveu e tingiu todo rio de vermelho.

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